terça-feira, 29 de maio de 2012

Montanha Russa


Medimos
Tristeza
Mensuramos
Afeto...
O que é
Real,
Concreto?
É a saga
Nossa
De todo dia!
Velório
Paixão
Folia...
Morte
Súbita
No coito
Da alma.
Fantasia!
Hora
Chorando
Outras
Sorrindo,
Fazendo
Da vida
Montanha
Russa
Descendo
Subindo.

Alex Avena

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Venha ver o sol...



Jamais opte pelo medo
Tristeza, não pode existir
Nunca deixe de acreditar
Aproveite enquanto é cedo
Vista-se com um lindo sorrir
Leve paz e luz por onde passar

Venha ver o sol...

Tudo está proposto
As cartas da vida na mesa
O tempo não pode esperar
Escolha viver disposto
Caminhe com certeza
Aqueça e se permita brilhar

Venha ver o sol...

Alex Avena



domingo, 27 de maio de 2012

Dê-me


Dê-me 
Chumbo
Faço
Ouro
Valioso
Vital
Tesouro

Dê-me
Tormento
Faço
Vento
Soprando
Poesia
Sentimento

Dê-me
Pedra
Faço
Muro
Protejo
Presente
Futuro

Dê-me
Azar
Faço
Sorte
Eu
Homem
Forte

Alex Avena

sábado, 26 de maio de 2012

Paz


Levo a vida
Na flauta
Leve

Som
De lágrimas
Na partida
Pesando o pesar
Da falta
Que me farás

Levo a flauta
Pra vida
Pois quando
Te reencontrar
Já não haverá
Despedida

Te guardarei
Pra sempre

E na canção
Que a ti farei
Nossas almas
Serão melodia
Repleta de paz
Harmonia

Alex Avena


sexta-feira, 25 de maio de 2012

25 de Maio - Dia da África




Mãe África

Incoerente realidade 
De um mundo acomodado
Que come, se farta e descansa
Difícil admitir tal verdade
Que o mundo assista calado
A morte valsar sua dança


Grito que ecoa silenciosamente 
Ao nosso lado e por todo canto
Clamor dessa gente esquecida...
Como pode haver alegria
No canto de esperança e na dança
De gente tão abandonada e sofrida?


Encontremos a resposta
Para esse grito de silêncio
De corpos mortos ainda em vida.


Alex Avena

terça-feira, 22 de maio de 2012

Khronos



É que de repente o mundo parou.
Houve tempo de percorrer muitos caminhos,
Trilhar corações e visitar sentimentos.
Vivi toda uma vida com suas perdas e ganhos.
Ficaram em mim saudades, bolhas nos pés
E os velhos sapatos gastos que guardei.

O tempo passou... as bolhas não foram curadas.
Já não há chance de calçar novos sapatos,
É como se não desse pra viver mais nada...
Como se a morte dos sonhos chegasse pra mim.
E na sutileza da crueldade do Khronos
Só a saudade será eternamente vivida...

Alex Avena

domingo, 20 de maio de 2012

on / off


on

religião
política
cristo
satanás
novela
futebol
tanto faz
todos unidos
pela audiência
saciando
essa maldita
tela
que tem
dependência
do sangue
desse ser
prostrado
que abdica
da vida
e só vive
enquanto
seu televisor
está
ligado

off

Poema: Alex Avena
Gravura: Guilherme Constantino
Inspirado em desafio na Confraria da Poesia Informal

sábado, 19 de maio de 2012

Porcos em chiqueiros particulares! Por Catarina Maul


Porcos em chiqueiros particulares!

Dê-me um Sonrisal que estou enjoada de tudo
De engolir esse mundo num rodizio surreal
Compulsão e vicio em banquete mudo
Onde engasgo sem parar esse veneno tão real.


Excesso de gordura, névoa espasma escura  
Entrando na garganta sem mastigação
As dores que me servem tem textura dura
Rompem meu estômago na perfuração.

Insensatez na escolha desse alimento
Que gostar eu tento, mas é impossível
Mesmo assim vou engolindo, sem um tratamento
Que torne esse processo algo menos terrível.

Inchando lá vou eu de tanta porcaria
Servida na bandeja desse mundo cão
Sem líquido, sem óleo, temperatura fria
Amargor e ardência no tempero da ilusão.

E nem tem talvez, ao menos, senão!!!

Poema: Catarina Maul
Gravura: Guilherme Constantino



quinta-feira, 17 de maio de 2012

Puta que brazil...


self service
prato principal
puta
bandida
com
ideologia gorda
demente
putrefata
parida
nos pratos
pelos filhos
da Pátria
"querida".
quem se importa?
sim nós importamos!
fragmentos
de histórias
terceiras
trazidas
em containers malditos
pra fugir
do imposto
que cobra tua Glória.
vomitando
em teu solo
e arte
restos
dessa refeição
maldita
que alimenta
essa gente
esquisita...
um brazil
no Brasil.
lençóis de ferida
cobrindo o solo
de quem
desconhece
a própria história!
caos
produzido
escória...

Poema: Alex Avena
Gravura: Guilherme Constantino
Inspirado em desafio na Confraria da Poesia Informal
www.confrariadapoesiainformal.blogspot.com.br

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Caminho


Distância percorrida
Passado apagado
Lembranças da vida
Deixadas de lado

Mudei o caminho
Outra trajetória
Quero flor, sem espinho
Nessa minha nova história

Alex Avena


terça-feira, 8 de maio de 2012

Meu jardim


Vontade de vida
Aflorando
Polén pelo póros
Perfume de mim

E nesse reencontro
Da alma com a mente
Das flores minhas
Nasce um belo jardim

                  Alex Avena



sexta-feira, 4 de maio de 2012

Oração


No amor
E na mais pura poesia

Minha alma e corpo protejo
Nois cuidados de Deus

Que me fez homem FELIZ
Ao me por nos braços
De tão pura arte...

Inspiração
O Logos...
Verbo Divino
Haja Luz!

Alex Avena

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Azul





Degustei em taças de lucidez
O néctar desse azul tão sóbrio.
Único, tão dele...presente.

Salivando lágrimas de alegria
Bebi, com meus olhos cada gota
dessa imensidão, e,

Desfiz-me dessa mente
Comum, preocupada e ausente
Querendo ser tão meu, nesse azul...

Cheguei a tocar-lhe com a alma.
Por alguns instantes...Fui céu!






Poema: Alex Avena
Fotografia: Claudio Partes
Escrito para Confraria da Poesia Informal: http://www.confrariadapoesiainformal.blogspot.com.br/