quinta-feira, 28 de junho de 2012

...


ventre
gerando
vida

parte
de mim
que foi dada

meu eu
em flor
esquecida

que foi
devolvida
não serve

pra nada

alex avena



Poema postado por tema sugerido na Confraria da Poesia Informal.

Para ver mais acesse: http://www.confrariadapoesiainformal.blogspot.com.br

quarta-feira, 27 de junho de 2012

o primeiro


meu tudo
ficou mudo
cansou
e descrente
saiu
pela tangente
evitando olhar
o quanto
esse indigente
ao seu lado
era feliz
por apenas
lhe amar
pois no fundo
nada de melhor
no momento
tal aprendiz
poderia
lhe entregar

alex avena


te esperarei


tentarei
uma vez mais
te esperarei
pra quem sabe
te encontrar
no retorno
da paz 
que penhorei
ao te amar...
das flores 
que te dei
em versos 
em vida
plante um jardim
querida
e quando
nele passear
lembre-se
que há alguém
querendo
ao teu lado
estar
pra essas flores
recolher
e novamente
lhe dar...

alex avena


terça-feira, 26 de junho de 2012

Sobre as nuvens...

nuvem espessa
do tipo cinza 
escuro
notificando
chuva e medo

vento
agita seus cabelos
que cobrem teu rosto
frágil
teus olhos me procuram

e sendo só o que sou
sou tudo...
nesse momento
sou paz

te recolho 
e aqueço...
nesse peito machucado
mas cheio de aconchego

coração que acima 
dessa tempestade
ainda consegue
ver o brilho do sol

e no calor dos teus olhos
o som de uma nova canção
que toca enquanto percorro
esse caminho...

onde te encontro
mas continuarei 
trilhando

alex avena


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Vazio


fecho os olhos
não, não quero
dizer nada
pelo menos por hoje
e nesse vazio que moro
nessa escuridão que habito
o silêncio me esmaga
me faz refém
todas essas emoções
que guardo amontoadas
enquanto os olhos
se voltam pra fora
adiando
o momento indesejado
já que sofrimento
só é bom enredo 
quando se trata de samba

alex avena

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Meio Ambiente


Meia árvore
Cortada
Jogada
No meio do mato
Ao lado do rio
Meio poluído
Decorado
Com aquele 
Pneu meia vida
Descartado
Daquele ônibus
Meio quebrado
(como queima óleo o coitado).
Tudo meio esquisito
Acabo de ver boiando
Uma geladeira
Um fogão
Alguns sonhos
E um armário
Que dizem custar
Meio salário
Do dono
Daquela meia água
Que no verão
Vira um aquário.
Desliza
Inunda
Soterra
Afunda.
Paisagem morta
Gente morta
Sobreviventes
No imaginário
Dos viventes
Deprimidos
Neste cenário
Lapidado
Por omissão
E descaso.
Tragédia
Não é apenas
Obra do acaso...

Alex Avena


Publicado na Confraria da Poesia Informal
www.confrariadapoesiainformal.blogspot.com.br

P U L O


Do vazio
Pro fundo
É um pulo
Pra dentro
Abismo
Profundo!

Desconhecido
Habitar de minhas estrelas
Essa escuridão que amedronta
E mais forte as faz reluzir

Onde morro
Onde renasço
Lugar
Que não quero estar

Alex Avena

. resiliente .


Súplica
Tormento
Rosto sem sorriso
Corpo sem sangue
Desvendado.
Indo além do frágil
Volátil
Fútil
Volúvel...
E por essa
Inconstância
Inquieta-se
Opta pelo novo
Belo!
E resiliente
Sorri
Pois sabe
Que
Na verdade
É feliz!

Alex Avena