quinta-feira, 23 de agosto de 2012

rumo


rumo ao sol
pra aquecer
o frio
que por hora
me corta a pena

sentí-lo
em mim
como fogo
que forja
ideias

calor
que me fará
transpirar
o medo
desse inverno

que sopra
assustadoramente
sobre minha
frágil e efêmera
inspiração

alex avena

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

se...


‎...e se
me faltar
chão
que
eu nunca
deixe
de voar...
...se
me faltar

deixarei
a certeza
me conduzir...
...se
me faltar
amor
já não saberei
como viver...

alex avena

o fim


o tempo
forja o ser
entre rugas
e memórias

carregando
cada qual
sua cruz
fatos e versões

vivência
que matura
o despertar
da consciência

o simples
pensar
que nos traz
à vida

alex avena

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

sábado, 4 de agosto de 2012

Pobre pessoa.


Insensata

Projetas no teu próximo
as mazelas da tua cruz.
Consciência superficial,

frágil e descompensada.

Rasa

Arrogantemente tola
nos detalhes que expõe
a tua insanidade doentia.

Sina a que foste fadada.

Fútil

Tua insignificância é morte
pras mãos que aplaudem
o teatro repugnante que és.
Tenho asco e mais nada.

Maléfica

Não há salvação pra tua alma.
Se é que de fato tens uma
para habitar essa tua pele
que vaga no vazio desfigurada.

Alex Avena

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Vida...


Descobriu um mundo próprio, só seu, onde desenhou e escreveu pessoas. Construiu também paisagens de beleza tamanha que da sua cadeira de sonhos contemplava enquanto tudo que criou se voltava novamente pra maçã. Esperto como sempre, tratou de apagá-la (a maçã) com sua borracha da razão (a fé) para que nesse seu mundo, essa coisa de pecado (sentimento que nos faz desacreditar que há jeito) não tivesse vez. E quando parou de brincar de vida a vida voltou a fazer sentido e as brincadeiras voltaram a divertir enquanto ao seu redor as paredes continuaram a ruir. E novamente se viu com papel e lápis na mão desenhando felicidade pra tentar vivê-la.

Alex Avena

Desenho: Victor Maristane 
http://blog.maristane.com/


quarta-feira, 1 de agosto de 2012