sábado, 31 de outubro de 2015
nós
nós que amarramos.
apre(e)ndemos o laço.
nós que nos prendem
e voltamos a nós...
que preso estamos.
livres porém sós!
S.O.S. em braile
de bailar os dedos
percorrendo a calva.
acalma-te e escuta!
digitais sobre ideias,
emaranhado de nós.
alex avena
re(A)mando
dentre todos os motivos
apenas um me paralisou.
foi ele o culpado por mim:
amor demais, amada amiga!
esposa minha verso meu.
a paz do dormir sorrindo,
acordar, e, voltar a sorrir...
mesmo quando o chão
se consome por traças
trapaças, carapaças...
tudo passa . e se passa
mas teu amor, minhamada,
é correnteza de rioacima!
que impulsiona o querer
ainda que tudo diga não.
alex avena
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
eco
noções são nocivas
sensorialmente nulas
quando forte te vês
e fraco te encontras.
é como se fosse nuvem
ou alguma bolha e ploft
estouro de boiagua!
pinga pinga pinga . . .
sequer molha o seco
seca a fonte vida esvai
vaia o mundo e se cala
esperando o eco voltar.
re-volta-te a encontrar
o "ponto g" da direção
rumo às tuas palavras
retornando às origens
marco zero da alquimia
transformar-se a ponto
de ver-sar-se no espelho
alex avena
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
palmas aos cães
não não foi assim
foram teus olhos
que ante a existência
do caos rotineiro
quiseram reproduzir
ordem e progresso
no emaranhando céu
de estrelas decadentes
que pintaram na TV.
quatro cores e a pergunta
à querida mãe gentil:
pátria suja e imaculada
um dia foste Brasil?
alex avena
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