segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

acorde

fumaça
nuvem
liberdade
tudo que
jamais
toquei
com as
mãos
notável
enarmonia
entre a vida
e eu

alex avena

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

refém

o que fazer
pra me libertar
da liberdade
que decidida
me faz viver
o querer amar
a outra metade
por toda a vida

alex avena

aPREÇO

gente se fode
sistemas se fundem
e no fim de cada ciclo
a sensação de "já era"

luta de CLASSificaçõES
foi-se o martelo...bigorna
forjando a foice se fosse
ah, sonhada igualdade!

nossa senhora da razão
protetora dos fudidos
e de suas aspirações
mortas na chacina

de-mentes que se foram
em busca de uns trocados
para trocar o sangue vermelho
por um tom mais azulado

essa realeza prostituída
querendo fazer revolução...
a massa está no ponto
uma pena acabar em pizza

alex avena

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

SOuL

a fumaça que se esvai pela calçada
é calor ou sombra de minhas ideias?
esses passos largos do pensamento
que não sei ao certo onde me levarão

não por se tratar de meras incertezas
mas sim de cuidados quanto ao ser
pois estar é condicional e mutável
que desperdício seria estar e não mais...

e o pensar aguça o calor de 40 graus
fazendo da vida mais que palco/platéia
redescobrindo verdades outrora vividas
ensinando caminhos de morte e vida

na verdade o plano todo é o seguinte
vou agora para mim mesmo e nada mais
pois onde estou é terra seca de ninguém
(ainda que eu me perca em meus labirintos)

alex avena

métrica

no meio poético
não f(s)a-z(b)er sonetos
é como ser virgem
mal sabem que
ando comendo
todas as suas
poesias...

alex avena

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Alé m

alé       m

meros mortais
que acreditam
em algo mais
do que habitam

útero feto afeto
o mundo a casa
em si...mudo quieto
alma viva, mente rasa

com mais de mil rostos
confundem gente e espelho
alegria precede desgostos
uma cova com tapete vermelho

mas ainda não é o fim
há prêmios e sentenças
pelo menos pra mim...
teorias credos e crenças

alex avena