quinta-feira, 24 de março de 2016

trégua

nutramos
naturalmente
trâmites
rumo à paz
e ao amor
que por hora
no outro
se esfacela

alex avena

terça-feira, 22 de março de 2016

teorias

embora
sem motivos
desnudo 
luas e platéias
buscando
tê-los e só.
espetáculo
de absurdidades
ilusão
das coisas raras
cintilantes 
brilhos e brios.
emaranhado
de tanto isso
insolúvel
como dilemas
prófagos
náufragos de si.

alex avena

quinta-feira, 10 de março de 2016

alarme falso

parecer estranho
sentir entranhas
pagando pra ver.
nos atos de mim
sou tão caótico
que chega doer.
é como ser tolo
perante o ocaso
duma existência.
mas sou apenas
esses rumores
alarde rupturas
e ponto final...

alex avena

quarta-feira, 9 de março de 2016

me diga

vento norte ou sul?
aviso de despejo.
tudo é um golpe!
céu escuro ou azul?
amor sem desejo.
tudo é um golpe!
direita ou esquerda?
certo, aceito ou errado?
tudo é um golpe!
no ganho ou perda
qual será o teu lado
na hora do golpe?

alex avena

segunda-feira, 7 de março de 2016

ambígua

engaje a poesia
poetando nós,
desengasgue,
suba ao topo
e desapegue.
não a rapte
entre/linhas.
ela é escárnio!
aos olhos nus
desmascarem.
há dois braços.
várias formas.
abraçar-te-ei
às cegas só...
sorrateiramente.

alex avena

quinta-feira, 3 de março de 2016

Não mais, meu rapaz!

Amada bandeira de quatro cores,
Tantas estrelas e parte de mim.
Símbolo pátrio da pátria de dores
Agitas no mastro angústias sem fim.

Verde das matas, das folhas e flores.
Do Amarelo a riqueza tupiniquim.
Azul eu navego teu céu de amores
Na paz do teu Branco cravado em cetim.

Não sofras calada teus dissabores,
Que a dor não te custe nem mais um xelim.
Hoje te guiam os teus detratores

Daquela bandeira vermelha carmim,
De uma estrela só e tantos rumores...
Que aqui pro Brasil já mostrou ser ruim!

Alex Avena

terça-feira, 1 de março de 2016

eutuele

conVIVAmos
à vida por aí
entre santos
sós entre si
entre tantos
conVENHAmos
entrelaçando
SER e infinito
embriagando
paz e conflito
conTENTAmos

alex avena