quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

e-Moção

Meu coração já foi vermelho cor de humano.
Já foi duro e frio como o concreto.
Hoje nada mais é que massa cinzenta.

Alex Avena

sábado, 13 de dezembro de 2014

Faz pARTE

Busquei ouvir todos os sons
Do nítido ao imperceptível
Mas foram meus pensamentos
Que provocaram na alma
Um barulho ensurdecedor
Percorri, neles, todos os tons
Numa longa caminhada, incrível,
Onde ponteiros viram ventos
Que levaram consigo o trauma
De um solitário e feliz sofredor

Busquei ouvir todos os sons
Percorri, neles, todos os tons
Do nítido ao imperceptível
Numa longa caminhada, incrível,
Mas foram meus pensamentos
Onde ponteiros viram ventos
Que provocaram na alma
Que levaram consigo o trauma
Um barulho ensurdecedor
De um solitário e feliz sofredor

Alex Avena

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

À amada Paula,

Amor, amada e paixão são coisas sérias que nos percorrem o corpo pelo querer sentir-lhe a desbravar artérias. Sendo assim, sou todo você em mim em cada gota de sangue que vai e vem oxigenando-me o coração e a vida também.

Alex Avena

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

a fé

segregado
segredo
sagrado
do medo
pecado
sofisma
anulado
potestade
principado
carne e pó
alma espírito
nunca só
ser trino
é ser nó
desata
Paulo, Jó,
reconcilia.
amor, não dó

alex avena

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

in rab ada

qual dos quais?
a abelha rainha
e seu coro chato:
toscos mosquitos
mas...que isso?
voto de cabresto
é voto de gravata
novo voto virtual
armani armado
armando à amada
pátria pálida agoniza
bichices e baixezas
baixelas pro jantar
esquerda caviar
nós somos "coxinhas"
vem bem a calhar
encalha a nação.
canalhas, e o povo?
esquece a carne
fica no pau com ovo

alex avena

terça-feira, 4 de novembro de 2014

efêmero

querem jogar ferozmente
entrar na dança e quiçá
aproveitar por completo
o banquete da hostilidade.
se for pra ser, contente,
guarde em si aqui acolá
mesmo estando inquieto
a razão, alma a verdade.
choro contido sorridente
algo além do que só há
parede parênteses teto
inquietudes e inutilidades.

alex avena

terça-feira, 14 de outubro de 2014

auto-enganação programada

pode ser que seja, ou não,
se sendo for o que é, ok!
me admira todos que são
mesmo sabendo que em vão
julgam ser o que eu não sei
nem os mesmos saberão.

não sei, mas não é (nem interessa).
se o sabem, e o são, que pena
devem os mesmos ter pressa
pois a vida passa rápido à beça
e nesse engano, pedra pequena,
que o "cego" vai firme... e tropeça.

alex avena

sábado, 11 de outubro de 2014

real

o sexto céu se distancia
os pés cravam no chão,
asas de homem somente,
imaginário que livre voa
temente ao que tudo criou
do qual nada escapa.
em mim nenhuma aspiração
a mosquitinho intrometido
voando no universo alheio
sugando sangue e ideias.
parasita espiritual voador.
pro céu que aspiro habitar
(no sétimo onde Ele está)
há muita estrada pra dentro
que precisarei percorrer.

alex avena

terça-feira, 30 de setembro de 2014

sentido

a tarde dói
atordoa
a dor corrói
peito e proa
sol vai à toa
noite destrói
tudo destoa
vai constrói
volta e voa

alex avena

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

tava lá

surge como cúmplice
e refém faz-s(c)e oculta
perante a mim aparenta
pur(t)a e s(v)ã consciência
nos ecos da queda livre
a sensação de liberdade
pois sabe-se que o chão
,o show, é aos vivos virtual
sensações imagéticas e só
e quanto a realidade...vaga
no caos do trânsito fútil
de inverdades construídas
durante toda uma meia vida
onde viver foi um detalhe
despercebido e abandonado
pela loucura do querer mais
coleção de tantas memórias
que impressionam e espantam
àquele que agora sou eu

alex avena

sábado, 13 de setembro de 2014

vida

a vida passa e volta
recomeça e novamente
volta a passar. há vida!
se a mesma for vivida,
é saborosa recordação.
mas se ela for só ilusão,
é vida, mas vida bandida
que te condenará à prisão.

alex avena

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

imagético

finquei raízes
em águas doces
solitária lágrima
me cobriu a alma
onde tudo deserto
se fez...oásis sou

alex avena

domingo, 31 de agosto de 2014

wtf?

protestamos toda a culpa
por falta de pagamento
inadimplência moral...
isenção fiscal do caráter
vil, "não sabe e não viu..."
covil da corja dos covardes
que não pagam a conta
mas todos tem cotas. aqui,
ali e quem sabe onde mais
quatro anos e sai do SPC
(sistema de proteção ao corrupto)
esquema muito bem bolado
em forma de rodízio simples
sai um ruim entra outro pior
cíclico como o processo eleitoral
apogeu da coletiva esperteza
a autofudeção descarada...e pior
seguida de carinhos e cigarros

foi bom pra você?

alex avena

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

comPulso

organize
organize
organize
organize
or(a)g(o)(a)nize
agonize
a gonize
a   gonize
a      gonize
e                      ...
take it easy

alex avena

sábado, 9 de agosto de 2014

pare, por favor

posto passo a passo
caminho que se propõe
vida que se materializa
imaginário que se constrói

virtualidades cotidianas
que se baseia a caminhada,
pilares construídos de açúcar
com bela textura de formigas

revestir e proteger isso aquilo
valor, moral, ética, igualdade
retórica pueril que pende a balança
contra peso é verdade consciência

mas até isso nos querem tirar
mostrando ser bom negócio
"ser todos iguais, companheiro"
nesse labirinto de espelhos

alex avena

segunda-feira, 28 de julho de 2014

aTeia

se só saudade
digo não mais
se só capricho
nó cego resolve
vale um vintém
que pese tudo
de perto aperta
a rocha arrocha
braço firme forte
mão leve e gentil
prendi a prezada
e o peso do pesar
e apesar de tudo
tendo-a laçada
eu só a venero
pra depois libertar

alex avena

segunda-feira, 21 de julho de 2014

assim seja

noto sempre um ar inóspito
na folhagem seca que cai
como se fosse culpado
por avidamente observá-la
buscando em seu bailar
senso mínimo de direção
algo ao qual pudesse eu
utilizar durante o lapso
que sou, eu só, folha fria
alçando voo ao vento
fincando raízes no céu
querendo tocar o solo
sagrado chão estrelado
onde pisas, Tua morada
(mesmo sabendo ser Tu
o guia que a folha guia
e que a mim também rege)
quero tecer pelos ares
caminho que nos ligue
para quando perdido eu
sem qualquer rumo
te encontre em todo tempo
eu a folha e o vento

alex avena

quarta-feira, 16 de julho de 2014

ilusão

apelo à prece que não fiz
às coisas que não disse
à vida que antes não vivi
de certo a sorte me guiou
e ileso até aqui cheguei
exceto pela certeza do fato
de ter jogado vida e pérolas
aos meus próprios porcos
enquanto recolhia os cacos
de toda incerteza fútil e vã
daquilo que pudera viver

alex avena

quinta-feira, 10 de julho de 2014

mi casa

não cabe ao algoz
opor-se ao seu destino
mas este levará consigo
memórias sombrias de mim
sobre aquilo que vislumbrou
eu, sóbria alma trôpega
só uma vida fugidia e fudida
encarando-lhe a face
oprimindo-o com olhares
sentenciando-o ao infortúnio
sua paga pela falta da habilidade
de um bom perdigueiro português
(encontrou-me sem saber - o coitado).
de bufão nada tenho exceto a arte
já vendi a vida a perder de vista
com prazer ferozmente incomum
recebo em dia o espólio de mim
volte tu, tacanho, no mês que vem
traga um colt (1894) e blue label
porque de mim não roubarás
o tempo, víceras, vícios e virtudes
com esse sorriso amarelo escroto,
cigarros e vinho barato...

alex avena

segunda-feira, 30 de junho de 2014

as direi

palavras tudo dizem
nelas, quase tudo cabe
só não cabe o silêncio
que por elas grita
que por elas versa
e ainda assim cala
arsenal das milícias
de suas falácias
e de suas malícias
toque leve no rosto
nas curvas da alma
na alma o gosto
o pedir pra si perdão
que afugenta trevas
e as faz luz e clarão
lampejo do gênio
força além das forças
palavras...oxigênio

alex avena

sábado, 28 de junho de 2014

selecionados ou selecionáveis

seja o que for
sem tirar nem por
é pura exclusão

povo que torce
e se retorce
por outro Tostão

que corre à vista
essa vida de artista
de televisão

povo sofrido
pouco "sabido"
da situação

pedindo esmola
pra pagar cartola
bRASIL/sELEÇÃO

sobra na bola
e falta na escola
o saber...direção

pra fazer diferente
dessa gente incoerente
nosso país e nação

o que sobra na voz
é o que falta em nós
mais amor coração

mas nada se pode
e o país que se fode
com a sua omissão

que julga o mundo
mas é vagabundo
safado e ladrão...

alex avena

sexta-feira, 27 de junho de 2014

meu sonho

quantas vidas até te encontrar
quantas chuvas e meios verões
quantos versos e meias canções
mas nada que me pudesse curar

e durante todos os anos e dias
a esperança nunca me fugiu
a paciência quase um dia partiu
mas sabia que tu para mim virias

como serias (tu) eu não sabia de fato
mas se fosses igual ao meu sonho
eu não seria nem por um dia tristonho
nos veria na brancura do vazio retrato

alex avena

quinta-feira, 26 de junho de 2014

S.O.S.

sinceramente, não sei
anda tudo tão às avessas
e a gente toda esquisita
com seus tiques e truques
ataques e não me toques
parece-me tudo esquisito.

quero ser louco, pois esses,
não errarão o caminho.
porque é chegada a hora
de avaliar "para onde?" e
pensar, pensar e pensar
com as próprias pernas,

trazê-los aos ventos e à vida
sair do subterrâneo de si
subterfúgios não mais
nada de abstinência mental
na qual se vive e esconde.
compromisso com o que?

olho por aí e nada importa.
não importa o que ou quem
senão o eu e o tão somente,
crueldade e isolamento
quando não grupinhos
semelhantes sem face

sem eira e nem beira,
falatório e convivência
hábitos e certas convenções
sem as quais não és...
não fazes parte, e, partido
voas livre o voo da razão

onde como os loucos
encontrarás o Caminho
a Verdade e a Vida
e algo mais que, sei lá,
parece uma teia que
que me prende e só

alex avena

terça-feira, 17 de junho de 2014

provocante

se poeto poeto-me
descubro atalhos
nas sílabas e vogais
pontos consoantes
formas tantas e tais
labirintos vocálicos
e aí pensar poema
e todo estratagema
a maiêutica em si...
poesia ou problema
leia-se e eu poeto-me

alex avena

segunda-feira, 16 de junho de 2014

programe-se

o mundo se transformou
numa variável booleana
onde já não há espaço
para um if ou else...
begin nem pensar
já começam tudo pelo end
e no máximo rola um loop

alex avena

sábado, 14 de junho de 2014

verse


a busca

espreito a porta
fico a sua espera
passam sombras
ventos e poeira
...nada de você.
detalhes entalhados
nos umbrais de mim
dizem ser em vão
esse querer-te-amar
(relógio possuído
pelo espírito mal
tartaruguice aguda
mas tanto faz
se penso ser o amor
atemporal e estático).
ah, o que acontece?
se de tudo sei e sei
que estás em mim
e minha és, amor,
por que ainda tremo
só de saber que estás
ali no cômodo ao lado
tão distante de mim?
o amor é coisa estranha
adentra entranha e fim.

alex avena

sexta-feira, 6 de junho de 2014

só II

eu tenho medo de ficar só
que quando só estou só
não quero mais ninguém
tudo a mim basta e sobra
solidão coletiva e social
emaranhado de ideias
(fora de qualquer contexto)
aquele tapinha nas costas
a convivência conivente
zipada com nome "amigo"
estereOHtipo pré concebido
gestação de muitos anos
e nós continuamos a ser
o "incrível ser humano"
que possui o poder maior:
"esquecer" para lembrar
naquele momento oportuno
onde o melhor é viver tudo
e ainda assim preferir estar

alex avena

segunda-feira, 2 de junho de 2014

golpes de silêncio
seguidos de espanto
nunca estivera tão vivo
e da vida contrasta

da falácia o alívio
no canto do acalanto
já não é preciso motivo
a mim o eu me basta

alex avena

quarta-feira, 21 de maio de 2014

ilusório

os afetos nos afastam
nos ferem e afligem
até o momento que,
de posse da razão,
damos um basta
à toda indiferença
e no limite do saber
ocultamos cadáveres.

cúmplices de nós
calamos aos ventos
sussurros delirantes
de um "não fui eu".
testemunhas e digitais
mas também um álibi,
confesso que sonhei...
a paz voava pra mim.

alex avena

quinta-feira, 15 de maio de 2014

duvido

a dúvida que paira no ar
é como no ar ela foi parar?
por ser minha incerta ironia
se isso é coisa do dia a dia
de fato em fato se consumiu
ninguém sabe ninguém viu
mas todos pararam pra olhar
sobre o que eu estava a duvidar

alex avena

domingo, 11 de maio de 2014

minhAMARia

hoje é dia de Maria
minha santa mãe.
dia de recordações
que rasgam o peito...
quem mais poderia
verbalizar lágrimas
cortar distâncias
pra me aquecer
em dia de saudade?
Sim, tu,
Maria!
teria eu na poesia
jeito de te abraçar,
Maria?
ou capacidade teria
de pra sempre te amar,
Maria?
mas se algum dia
eu puder voar,
Maria,
o mais rápido irei
pra em teu colo deitar...
Maria.

Alex Avena

quinta-feira, 8 de maio de 2014

pro(j)gr(e)ss(ç)ão

estou migrando
daquela letargia
me reinventando
palavra poesia

supressão programada
passo a passo sentida
vivendo o tudo ou nada
assim é no jogo da vida

me recomponho se esmoreço
característica de sobrevivente
se não acontecer eu aconteço
sub sob sobre meu consciente

sorte sucesso saúde parabéns enfim
a caminhada migratória já começou
não existe mais nada antes de mim
agora sou eu...aquele outro já findou

alex avena

segunda-feira, 21 de abril de 2014

1789

essa explicação
é pra um poema
que quase escrevi.

nele senti força tal
de tremer as mãos
pulsos e impulsos
clamando liberdade
onde nunca se ouvira
embora houvera depois
tal grito em certa margem
dado para homens livres
embora não o soubessem

não o escrevi gente
mas o senti como um nó
que envolve o pescoço

xavier hoje  é herói da marvel
mas antes fora herói por aqui
salve, silvério! o caralho...
tua moral continua a corromper
duvidosa, traiçoeira...feliz 1822
de um Brasil que nunca foi nosso
liberdade total! condicionada
que até hoje ainda aprisiona
que até hoje cala e silencia

hei de escrevê-lo um dia
quando a verdade eclodir
e o nosso povo acordar

alex avena

domingo, 20 de abril de 2014

D(at)EUS

Não há nada que há
Que sendo, ou não,
Dependa da nossa vã
aProv(oc)ação.
Que seja boa ou má,
A afirmativa da negação
Cria por si, só e sã,
A existência da Imensidão

alex avena

sexta-feira, 11 de abril de 2014

DevANeAnDO

{O[brigada]
que nada
[A(braçada)
M
O
R]}
r
(E
u)}
aFO!L!gaDa

alex avena

quinta-feira, 10 de abril de 2014

hOra

17:27

num dia a gente cHORA
e no outro comemORA

tem dias que piORA
noutro tudo melHORA

enfim...pra tudo tem HORA
barco que no cais ancORA

Amém

alex avena

terça-feira, 8 de abril de 2014

segunda-feira, 7 de abril de 2014

ema ema

dilema
(t)er
(s)er
(v)er
p(r)o(bl)ema
tecer
(p)r(o)bl(ema)

alex avena

sexta-feira, 4 de abril de 2014

...

A boa e velha malandragem voltando a brilhar nos meus olhos. Carioca, Rubro Negro, cervejeiro e vivido pra caralho... Pulsa vida que o melhor tá logo ali na esquina do encontro entre a fantasia e a realidade, onde pouca gente sabe o valor que tem o suor.

Alex Avena

sexta-feira, 28 de março de 2014

casual

rimo
rima com
rima
as vezes
uma
por baixo
as vezes
a outra
por cima
rima minha
não se...
repRIMA

alex avena

quarta-feira, 26 de março de 2014

admirou-se

barbado
barbudo

bar...bêbado

surtado
sortudo

dona chica
é coisa feia
dona chica
viver falando
dona chica
da vida alheia

cal(ej)ado
cal(m)udo

trabalho... bem cedo

cobiçado
cabeçudo

alex avena

sábado, 8 de março de 2014

por todos os dias

o que há de melhor
tens em si, mulher!
o nobre dom da vida
sopra do teu ventre,
e que, na vida adentre
pagando a dívida
de quem bem te quer...
és do homem o melhor

alex avena

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

por todo lado

nutre por futilidades
sentimento indescritível
fazendo das vaidades
mortífero combustível

pensa que tudo é possível
vive de meias verdades
o ser humano é incrível
um poço de novidades

vive sentindo saudades
ah... mas que coisa terrível
meio de duas metades

um produto perecível
vagando pelas cidades
sem luz... imperceptível

alex avena

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

o que será que será

tudo que eu penso, duvido
o todo, inteiro, eu divido
fracionando em várias partes...
devaneios de Descartes

métodos e coordenadas
ditam caminhos às fadas
misto de fé e razão
talvez, quem sabe, senão

mas de tudo o que me importa
é viver e ser vivido
tudo que a vida comporta

quanto a ser compreendido
nessa minha vida torta
logo digo: eu to fudido!

alex avena

domingo, 23 de fevereiro de 2014

banal

mais bom
não chega
a ser melhor
tipo vuitton
comparado
a dior
pra mim
tantufaz
comparações
o que pode
ser pior?

alex avena

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

35

todos os pontos
todos os portos
partida e chegada
o tudo ou o nada
1/2 sorte 1/2 vida
sorriso grato e largo
da alma que chora
e que sem demora
devora a saudade
reta que percorreu
a pé a pau a pique
fé em si e nada mais
sem crenças crendices
extraindo do ser
o estar de cada dia
transição inescrupulosa
entre alegria e tristeza
resumindo a vida a fatos
fotos e artefatos do ontem
vivendo o amanhã
que não existiu e ainda assim
fez-me viver a ansiedade
de não querer sentir saudade
dos fragmentos de mim
daquilo tudo que sonhei
e enfim se realizou...

alex avena

domingo, 16 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

incondicional

medo frio
verte a vida
ver-te verde
nunca foste
tão belo
noutro alvorecer
subir à vida
meio fio
aqui estou
tão e somente
gratidão
sem julgos
sem jogos
apenas grato...
por entre cinzas
voltar a ser cor

alex avena

sonolência

quem sabe quis
mas fôra sonho
encanto talvez

aqueles olhares
abraços calorosos
de até mais ver

mas veja bem
tudo é possível
até mesmo viver

toda vida acordado
e no fim descobrir
que realmente

tudo não passou
de um grande sonho
e quem soube o quis

alex avena

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

sábado, 8 de fevereiro de 2014

malemolência

assento
em cima do
caos...
chapéu
V
O
^
ô
acentuando
caôs..

alex avena

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

seis lados

seis lados

a sorte
não é
por si
ato i
so    la
d      o
o forte
a tem
por toda
vida
mas
cuidado
é morte
pra quem
faz dela
um jogo
de dado
esporte
por muitos
acomodados...
praticado

alex avena

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

possibilidades

não li aquele trecho
onde apenas o passado
era promissor
e por não lê-lo
tornei-me louco desvairado
querendo de presente o futuro
para agora vivê-lo
coisa de livro_lido_lida_vida
com muitas páginas em branco
I_N_A_C_A_B_A_D_( )

alex avena

domingo, 2 de fevereiro de 2014

visão

bulas
pinos
balas
sinos
anunciam
pela vida
as perdas
remediar
drogar
matar
as perdas
pela vida...
anunciam
sinos
ora da reza
horas passam
é a fé salvando
mais um dia
os sobreviventes
de si mesmo
perambulando
num mundo cão
caos é cais
ancoradouro
dos perdidos...
pertences a que
se não possuis
a ti mesmo?

alex avena

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

dura vida dura

dura a vida
presente futura
história vivida
junção ruptura
amor despedida
dor que perdura
ah, minha querida
como a vida é dura

alex avena

domingo, 19 de janeiro de 2014

Pensamento.

Não posso prever o futuro, mas posso direcioná-lo de acordo com meus planejamentos e convicções. Na vida o que fica são nossas escolhas, não nossas indecisões...

alex avena

sábado, 18 de janeiro de 2014

culpados

a vida, senhora de toda ruga
partida, nem sempre é fuga
reprimida, a gente julga

toda palavra tem seu calibre
toda palavra tem seu quilate
toda palavra tem seu recheio
toda palavra tem o seu alvo

...e não há ninguém a salvo...

alex avena

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

auto reTrATO

acrescenta
vai a luta
se reinventa
fala escuta
experimenta
o porre a labuta
não esquenta
quando há disputa
não se atormenta
quando diz "putaaa"
sobre a vida comenta
diz ter gosto de fruta
chocolate com menta
junto ao café desfruta
até se arrebenta
não perde a conduta
mas quando se senta
junto ao seu "truta"
o papo logo esquenta
e o mundo todo se muta

alex avena

sábado, 11 de janeiro de 2014

ironia

como pode
confundir
cabrito com bode?
não que eu me
incomode
mas no final
esse cabra sempre
se fode!
enquanto o mundo
se explode
façamos nós a ele
uma ode

alex avena

i de idio... ma

gente que se choca
moralismo chacota
bola no nariz da foca
fofoca...coisa de cocota
cacetada vê se se toca
seu cara de marmota
viva a vida saia da toca
não confunda g com j
pare tudo        se foca
a gente anda não trota
da vida pouco se estoca
só o saber em compota

alex avena

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

completo

faz sentido
sentir-se
par/tido
aguardando
o algo mais
secretamente
escondido
o ser inteiro
dentro de nós
escondido

alex avena

respeita o moço (um desabafo social)

há sobras
sombras
incoerência
em sorrisos
forçados
dos que os cercam

exposição
alheia à tona
na fala do tolo
o dolo o afeta
acéfalo

em nada
se reconhece
faz do próximo
piada e piada
e se vangloria

da arte de
afastar pessoas
e unir idiotas
essa tribo
que sinto pena

mas também
não rezo por tais
isso o faço
pelos amigos
sacanas zoadores

homens de caráter
que olham no olhos
pra te fazer sorrir
dos próprios "defeitos"
dentre outras coisas

esses que entendem
que sujeito homem
não fala pelas costas
principalmente dos que
vivem do próprio suor

alex avena

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

reflexo

o pensamento voa
as horas passam
tudo se transforma
eu e meus ATOmoS

pra além
das estrelas
desopilando
sentimentos
embriagando
a alma de paz
e mais nada
que mereça
as rugas
da minha fossa
vivendo
essa fase
contemplando
essa face
fissurada
no espelho
constelação
dos meus eus

trocando farpas
e olhares perdidos
até se encontrarem
após o próximo porre

alex avena