sábado, 14 de junho de 2014

a busca

espreito a porta
fico a sua espera
passam sombras
ventos e poeira
...nada de você.
detalhes entalhados
nos umbrais de mim
dizem ser em vão
esse querer-te-amar
(relógio possuído
pelo espírito mal
tartaruguice aguda
mas tanto faz
se penso ser o amor
atemporal e estático).
ah, o que acontece?
se de tudo sei e sei
que estás em mim
e minha és, amor,
por que ainda tremo
só de saber que estás
ali no cômodo ao lado
tão distante de mim?
o amor é coisa estranha
adentra entranha e fim.

alex avena